Caro gil costa, compreendo perfeitamente o seu ceticismo e em exemplos recentes, até posso ser um pouco menos mitigado. A norma a que alude, a ISO 9000, é de facto uma garantia extra para o cumprimento dos padrões de qualidade, mas por si só não é garantia de nada. Uma empresa pode ter um certificado ISO, um aspeto provisório uma vez que depende de uma inspeção programada, e no entanto falhar redondamente nos padrões de qualidade após essa mesma inspeção. Não quero com isto dizer que a INCM compromete a garantia da certificação que ostenta.
https://www.online24.pt/ficheiro/normas-iso-9000.pdf
O caro gil, na medida do possível, dá como exemplo uma moeda de cunhagem recente, numa altura em que a qualidade de estampagem das moedas já tinha atingido um nível de acabamento muito aceitável, ora seja pela qualidade dos profissionais ou pela evolução das tecnologias afetas, mas isso não pode ser considerado uma referência representativa de toda a história da cunhagem mecânica.
Antes de 1947, altura em que foi criada essa norma, o controlo de qualidade era outro e o acabamento final do produto dependia muito da boa vontade, e disposição, dos funcionários das casas de cunhagens. Ainda hoje, não querendo dizer que é sempre assim, mesmo com todo o tipo de sistemas de controlo de qualidade há falhas, e por vezes, aparecem no mercado moedas com evidentes sinais de má cunhagem. Dou como exemplo a questão da moeda de 1 Cêntimo cunhada no disco da de 2 Cêntimos
https://ncultura.pt/moedas-raras-e-vali ... 1-centimo/
Apesar de ter abordado o tema de forma cautelosa, concordo com a sua opinião em relação à forma pouco rigorosa como se aceitam determinados erros de cunhagem, principalmente nas cunhagens da República mais recentes, sem que se equacionem as atitudes ilícitas que são possíveis.
Cumprimentos.
