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1. - A emissão:
A emissão das cédulas de 1920, em Macau, foi autorizada pelos Decretos nºs 6327 e 8384.
As cédulas foram impressas pela Hong Kong Printing Press e iniciaram a sua circulação em 26-02-1920.
Apresentam a assinatura manuscrita do Gerente da filial de Macau, que as assinava à medida das necessidades, sendo que a partir de cerca de 1939/40 a assinatura foi substituída pela chancela, na altura em que o Gerente era Carlos Eugénio de Vasconcelos (1939-1946).
A emissão é composta pelas seguintes cédulas:SANCHO Escreveu: Em Macau todas as cédulas emitidas até 1942 foram retiradas em 1945-46 antes da emissão de 1946.
As de 1920 tiveram pouca aceitação,tal como as notas da Série Antiga.
A grande maioria do dinheiro circulante eram notas de Hong Kong e "pangtans" chineses.
Os funcionários públicos eram pagos em "papel" e de seguida trocavam no mercado bancário "paralelo" por moedas de prata,com perda de valor.
As notas do BNU só eram utilizadas nos pagamentos e recebimentos do Governo.
Só a partir de 1938 como consequência da guerra sino-japonesa e a afuência de refugiados aumentou enormemente a circulação monetária,sendo por isso que a maioria das cédulas só foram postas em circulação a partir dessa data.
1.1. - 5 avos:
Na frente apresenta o Escudo de armas português no canto superior esquerdo. Apresenta a numeração no canto superior direito e uma assinatura manuscrita no canto inferior direito.
Cor em tons de castanho, com fundo esverdeado.
No verso, sem fundo, apresenta uma figura geométrica, centrada, em tons de castanho.
Dimensões: 46 x 84 mm
Total da emissão: 300.000 exemplares, numerados de 000001 a 300000.


1.2. - 10 avos:
Na frente apresenta o Escudo de armas português no canto superior esquerdo. Apresenta a numeração no canto superior direito e uma assinatura manuscrita no canto inferior direito.
Cor em tons de verde sobre fundo amarelo.
No verso, sobre um fundo amarelo, apresenta uma figura geométrica, centrada, ladeada por duas colunas, em tons de verde.
Dimensões: 54 x 98 mm
Total da emissão: 300.000 exemplares, numerados de 000001 a 300000.

1.3. - 50 avos:
Na frente apresenta o Escudo de armas português no canto superior esquerdo. Apresenta a numeração no canto superior direito e uma assinatura manuscrita no canto inferior direito.
Cor em tons de preto e cinzento, sobre fundo esverdeado.
No verso, sem fundo, apresenta uma figura geométrica, centrada, de cor vermelha alaranjada.
Dimensões: 66 x 122 mm
Total da emissão: 110.000 exemplares, numerados de 000001 a 110000.


2. - As assinaturas das cédulas.
As cédulas foram assinadas de forma manuscrita pelo Gerente da Filial em Macau, à medida das necessidades.
2.1. - Assinararam as cédulas desta emissão os seguintes dirigentes da filial do BNU de Macau:

António d'Almeida Novais
08/1918 a 10/1921

Manuel Monteiro Lopes
01/1922 a 11/1927

João Filipe Lopes do Rosário
1927 a 1933

Júlio Celestino Montalvão e Silva
1933 a 1936
Não é conhecida nenhuma cédula por ele assinada e é mesmo possível que no seu tempo não tenham sido emitidas cédulas.

Vasco Freire Themudo de Vera
1936 a 1939
Anos mais tarde, desapareceu misteriosamente do navio em que viajava de regresso de Cabo Verde, onde tinha ido fazer uma inspecção à filial do BNU.

Pedro José Pereira - Guarda Livros
Pessoa da mais alta confiança do Banco, foi por quatro vezes Gerente interino.
Numa dessas vezes, em Dezembro de 1938, assinou algumas cédulas.

Carlos Eugénio de Vasconcelos
1939-1946
Assinou as últimas ditas de 1920 e todas as outras séries de cédulas emitidas até 1945.
Como a emissão aumentou imenso obteve autorização para assinar por chancela.
Aguentou o Banco durante toda a guerra. As comunicações com Portugal eram feitas exclusivamente por telegrama.
Emitiu os chamados "certificados" de 5, 10, 25, 50, 100 e 500 patacas.
Deve ter sido um homem excepcional. A sua vida nesse período da guerra no oriente dava um bom filme.
2.2. - A numeração das cédulas assinadas por cada dirigente:

3. As cédulas enviadas para Timor:
A portaria 9394, de 05-12-1939, solicita o envio para Timor de 20.000 patacas em cédulas a carimbar com "PAGÁVEL EM TIMOR", assim distribuídas:
- 5 Avos: 80.000 cédulas, no valor de 4.000 patacas, com os nºs 210001 a 290000;
- 10 Avos: 60.000 cédulas, no valor de 6.000 patacas, com os nºs 240001 a 300000;
- 50 Avos: 20.000 cédulas, no valor de 10.000 patacas, com os nºs 90001 a 110000.


Estas cédulas foram assinadas por João Jorge Duarte, Gerente da Filial de Timor entre 1939 e 1941.
A dívida foi saldada nos finais de 1941, tendo o Governo de Macau entregue ao BNU cédulas com as mesmas numerações, que foram assinadas e postas a circular pelo Gerente em Macau Carlos Eugénio de Vasconcelos, entre Dezembro de 1941 e Janeiro de 1942.
