SÉRIE DO GOURDE (em prata):
10 centimes 1894
2,5 gramas
prata 0,900
3.720,000 peças cunhadas
KM 6
Datas cunhadas:
1881 - 1.500,000
1882 - 1.800,000
1886 - 1.500,000
1887 - 1.050,000
1890 - 1.000,000
1894 - 3.720,000
20 centimes 1881
5 gramas
prata 0,900
1.250,000 peças cunhadas
KM 7
Datas cunhadas:
1881 - 1.250,000
1882 - 1.250,000
1887 - 350,000
1890 - 70,000
1894 - 1.950,000
1895 - 1.250,000
50 centimes 1882
12,5 gramas
prata 0,900
440,000 peças cunhadas
KM 8
Datas cunhadas:
1882 - 440,000
1883 - 400,000
1887 - 250,000
1890 - 100,000
1895 - 900,000
Gourde 1882
25 gramas
prata 0,900
500,000 peças cunhadas
KM 9
Datas cunhadas:
1881 - 200,000
1882 - 500,000
1887 - 200,000
1895 - 100,000
Breve histórico:
Essa série surge para modernizar o arcaico sistema monetário do Haiti, integrando-o aos padrões adotados internacionalmente. Todas as novas peças foram gravadas na França, os ensaiadores foram Laforesterie e Roty. Trazem no verso a "Marianne" (Liberdade) haitiana e o ano da República - 79. No reverso o lema da Revolução Francesa e as armas nacionais. Em 1881, ano do início da série, foi estabelecida uma unidade com o padrão francês, na qual 1 Gourde equivaleria a 5 Francos franceses. Aderia-se, dessa forma, às diretrizes da União Monetária Latina.
A história e origem da moeda haitiana é muito curiosa.
A "reforma" do sistema monetário do Haiti deu-se com o autoproclamado imperador "Henry I", em 1811.
Ele teve uma idéia um tanto simplória mas interessante! Mandou confiscar e retirar dos campos e casas todas as "cabaças" (como chamamos aqui no Brasil uma "fruta amadeirada, que serve, depois de seca, para armazenar água ou substâncias, uma espécie de cantil natural). De posse de todas elas, o "imperador", por lei, transformou-as na moeda corrente nacional. Em francês ou crioulo, o nome dado à cabaça lá era GOURDE.
Assim, o governo pagava os haitianos em cabaças, comprando-lhes a produção de açucar, que era revendida aos estrangeiros, sendo aí bem paga em em libras esterlinas, evidentemente embolsadas pela "coroa"! E o mais curioso é que funcionava, pois os negros aceitavam bem o "gourde" como moeda, e as cabaças tinham ampla circulação no país!
Uma parte do dinheiro (libras) Henry investiu no país, que apresentou alguma prosperidade à época, outra ele embolsou, enviando para bancos ingleses (ora, o povo era feliz com as cabaças!).
Mesmo após a cabaça "sair de circulação", depois do governo de Henry, o nome prevaleceu para denominar dinheiro, e a moeda nacional acabou por ser batizada de Gourde!
Atualmente nos vemos uma situação semelhante na ditadura cubana, que criou uma moeda interna paralela, o CUC (peso conversível), para pagar os cidadãos, enquanto os dólares só p/ o governo...
A Cabaça (Gourde), por lei a "moeda" haitiana.
(Henry Cristophe I)
O Gourde haitiano do séc. XIX.
- doliveirarod
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O Gourde haitiano do séc. XIX.
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- silvio2
- Reinado D.Afonso Henriques
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Re: O Gourde haitiano do séc. XIX.
Excelente. Parabéns!
E, muito obrigado, por partilhar as suas "meninas" e pelo ensinamento que nos dá, em todos os seus posts
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Cumprimentos,
Sílvio Silva
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