Série Afonsina
- numisiuris
- Reinado D.Sancho I
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Série Afonsina
Estas três apareceram no início deste mês de Maio no omni espanhol. Parecem-me do mesmo abridor.
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- Reinado D.Henrique
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Re: Série Afonsina
Não dão para enganar ninguém, mas se estiverem baratas dá vontade de as comprar de tão bonitas que estão!!!
Re: Série Afonsina
No real de Castela ele ficou confundido com os escudetes laterais
O rev. do espadim não está mal feito.
O rev. do espadim não está mal feito.
MCarvalho
- numisiuris
- Reinado D.Sancho I
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Re: Série Afonsina
Os punções, no real branco e no grosso, são os mesmos. O espadim é o mais bem feito de facto. Até o aspecto do metal. E concordo que no reverso, à excepção de algumas letras, roça a perfeição. Mas o anverso estraga tudo. A mão, por si só, denuncia a moeda em três tempos. Está a melhorar. Só que, por incrível que pareça, melhore-se aqui ou ali, acaba sempre por se deixar uma falha. Quem não deixa falhas não anda nestas moedas. Esses andam todos nas clássicas.
Re: Série Afonsina
Estou agora a ver com olhos de ver e sem ser no telemóvel. a 1ª e a 3ª estão uma desgraça. A 2ª de facto o reverso está bom, já o anverso só faltam as unhas de gel na mão e as letras...
Mas diria que é artista ou fornada nova...
Mas diria que é artista ou fornada nova...
Museu da Moeda: http://www.museumoeda.com
Re: Série Afonsina
Caros ilustres, a meu conhecimento e experiência nem sequer roça as vossas qualidades numismáticas, mas eu não compraria qualquer uma dessas moedas de tão imperfeitas que estão. Nestas são evidentes os sinais que as denunciam, mas existem com certeza falsas muito boas que até pessoas mais experientes acabam por ser enganados. Agora pergunto, quem se deu ao trabalho de preparar o material para bater estas moedas terá ficado por aqui ou fez muitas mais com resultados melhores?
"Quod erat demonstrandum"
- numisiuris
- Reinado D.Sancho I
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Re: Série Afonsina
Isto é a minha opinião, que vale o que vale... O real branco, naquele estado, vale uns mil euros. O espadim, uns 500. E o real grosso, uns 5000. Mais coisa menos coisa. Estas falsificações, pelo menos a primeira e a última, são feitas com cunhos abertos com punções. O espadim não sei. Talvez seja também um cunho aberto manualmente, ou talvez haja tratamento digital e uso do pantógrafo, ou algo semelhante, para abrir o cunho... Mas independentemente disso, julgo que nenhuma moeda que valha menos que 200 euros será alvo de falsificação por abertura manual de cunhos. E, para valer 200 euros, têm que se bater algumas para o trabalho compensar. A questão da perfeição raras vezes terá a ver com "tentativa-erro", mas mais com arte e jeito. Imaginemo-nos a fazer um punção para cada letra. Pegar num pedaço de aço e batê-lo na forja, a quente, ate que tome a forma desejada. É que se for fundido não dá para mais do que um cunho ou dois e o trabalho não fica decente. Depois, gravar directamente no cunho certos ornamentos (como aqueles leões de "ishtar" do real grosso ). E, no final, perceber que nada daquilo é igual ao que se fazia na época e começar de novo com novos punções. Eu imagino-me a olhar para um texto escrito manualmente por alguém e tentar ir aperfeiçoando até que fique o mais parecido possível (igual duvido, porque não tenho jeito para desenho). Mas se tiver que fabricar uma caneta nova de cada vez que vou tentar (ou seja, se não for apenas uma questão do jeito de desenhar -forma como se batem os punções- mas também da concepção do material para fazer o desenho) tudo se torna mais complicado. E quem conseguir ultrapassar todas estas complicações, digo eu, não anda a falsificar este tipo de moedas, anda nos decadracmas, nos morabitinos e por aí em diante...
Com isto quero dizer que, havendo estudo, treino do olho e fixação dos estilos originais, não há que temer falsificações de moedas relativamente vulgres feitas pelo processo da época. Quando elas estão assim, em bom estado de conservação, não há que ter medo após uma análise cabal.
O problema são as moedas corroídas e as fundições, especialmente os cunhos fundidos. Se forem bem feitas é uma chatice, porque o estilo é o mesmo...
Com isto quero dizer que, havendo estudo, treino do olho e fixação dos estilos originais, não há que temer falsificações de moedas relativamente vulgres feitas pelo processo da época. Quando elas estão assim, em bom estado de conservação, não há que ter medo após uma análise cabal.
O problema são as moedas corroídas e as fundições, especialmente os cunhos fundidos. Se forem bem feitas é uma chatice, porque o estilo é o mesmo...