Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIADAS
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Moedas FALSAS e FALSIFICADAS
Das Falsificações em Geral
São de considerar 2 grupos:
- Moedas Falsas são as contemporânias das verdadeiras, com as quais procuram entrar em concorrência como se fossem moeda Legal.
- Moedas Falsificadas são as que reproduzem moedas fora de uso e cujo fabrico visa a especulação no campo da Numismática...
Não são consideradas as imitações e as cópias que podem ser ambas peças de estudo... as Réplicas e devidamente identificadas ®
Quanto a Moedas Falsificadas, os processos são 4, podendo-se considerar 5.. Viciadas.
- Fundição
- Galvanoplastia
- Cunhos ou Punções Falsos
- Cunhos ou Punções autênticos
- Alteração de Moedas Genuínas
A Falsificação por FUNDIÇÃO
Este processo é muito usado pelos falsificadores, pois "produz inteiramente" o estilo da moeda original. As fundições são obtidas a partir de moldes e a substancia de que estes são feitos influencia largamente o resultado do trabalho... como regra a obtenção da areia mais fina é utilizada para o molde.
- A Moeda a ser copiada é colocada sobre uma camada de areia contida numa caixa... a areia é então comprimida tanto quanto possível à volta da moeda. Repete-se o processo com a outra face em outra caixa, abrem-se canais para entrada do metal e saída de gases e as duas caixas são justapostas, ficando assim os moldes das 2 faces um em frente do outro e na posição relativa que têm na moeda original.
- Enche-se então o molde com o metal fundido, utilizando para o efeito o canal de entrada (mais largo)
▄ Existência de pequenas protuberâncias no moeda, que algumas vezes nas fundições mais finas apenas são detectáveis com Microscópio. Este nódulos resultam do facto de , ao fazer-se o molde, criando reentrâncias neste que são depois preenchidas pelo metal fundido. A existência destas protuberâncias é o mais seguro sinal de que a moeda examinada é uma fundição.
▄ Existência de poros, resultante do escape de gases do metal fundido, quer de ar que fica comprimido entre o metal e o molde. Especialmente no caso de moedas de prata, que estas ao solidificar liberta oxigénio que borbulha à superfície, produzindo poros.
Não deve ser confundido «Corrosão» com «poros» pois a sua forma é bem diferente (conforme imagens).
Poros
Corrosão
Arestas - Pormenores
▄ Arestas serrilhadas, isto é, arestas com aspecto de corroídas ou escamosas e escuras.
Isto resulta da grande diferença de temperatura entre o metal fundido e o molde, ou por o molde estar húmido. Se se encontrarem este indícios, eles são uma indiscutível indicação de se estar em presença de uma fundição.
- Sinais de ferramentas usadas: Limas, buris, martelos, etc....utilizados para eliminar os excessos de metal resultantes na moeda fundida.
- Sujidade porventura existente na moeda original, especialmente junto às letras; «na junção destas com o campo da moeda» fica reproduzida no molde, dando como resultado aparecer na reprodução sob a forma de metal junto à base do relevo, conforme figura:
Arredondamento dos relevos, devido à contracção do do metal nos bordos dos mesmos, quando arrefece.
As arestas primitivamente existentes entre duas superfícies, ficam boleadas, dando às pequenas superfícies planas existentes no original um aspecto arredondado, como se verifica na figura seguinte:
- A moeda parece que foi cunhada metendo uma folha de papel entre o cunho e o disco.
▄ Diferença de peso, devido ao facto do metal da moeda original ser mais compacto, por ter sido comprimido quer no fabrico dos discos, quer na cunhagem dos mesmos.
A moeda fundida (em geral) é pois sempre mais leve que o original.
▄ Aspecto geral untuoso, embora seja o menos concludente dos indícios.
Do exposto não se fique com a ideia de que a detecção de uma fundição é coisa fácil, pois só trabalhando com todo o cuidado, dispondo de equipamento auxiliar «Microscópio e Balança de precisão», e tendo experiência no assunto, uma boa fundição (que é sempre um sério quebra cabeças), poderá ser detectada.!
Fontes:
Excertos da publicação de: Eng. Ten. Cor. MENDES MAGRO
Das Falsificações em Geral
São de considerar 2 grupos:
- Moedas Falsas são as contemporânias das verdadeiras, com as quais procuram entrar em concorrência como se fossem moeda Legal.
- Moedas Falsificadas são as que reproduzem moedas fora de uso e cujo fabrico visa a especulação no campo da Numismática...
Não são consideradas as imitações e as cópias que podem ser ambas peças de estudo... as Réplicas e devidamente identificadas ®
Quanto a Moedas Falsificadas, os processos são 4, podendo-se considerar 5.. Viciadas.
- Fundição
- Galvanoplastia
- Cunhos ou Punções Falsos
- Cunhos ou Punções autênticos
- Alteração de Moedas Genuínas
A Falsificação por FUNDIÇÃO
Este processo é muito usado pelos falsificadores, pois "produz inteiramente" o estilo da moeda original. As fundições são obtidas a partir de moldes e a substancia de que estes são feitos influencia largamente o resultado do trabalho... como regra a obtenção da areia mais fina é utilizada para o molde.
- A Moeda a ser copiada é colocada sobre uma camada de areia contida numa caixa... a areia é então comprimida tanto quanto possível à volta da moeda. Repete-se o processo com a outra face em outra caixa, abrem-se canais para entrada do metal e saída de gases e as duas caixas são justapostas, ficando assim os moldes das 2 faces um em frente do outro e na posição relativa que têm na moeda original.
- Enche-se então o molde com o metal fundido, utilizando para o efeito o canal de entrada (mais largo)
▄ Existência de pequenas protuberâncias no moeda, que algumas vezes nas fundições mais finas apenas são detectáveis com Microscópio. Este nódulos resultam do facto de , ao fazer-se o molde, criando reentrâncias neste que são depois preenchidas pelo metal fundido. A existência destas protuberâncias é o mais seguro sinal de que a moeda examinada é uma fundição.
▄ Existência de poros, resultante do escape de gases do metal fundido, quer de ar que fica comprimido entre o metal e o molde. Especialmente no caso de moedas de prata, que estas ao solidificar liberta oxigénio que borbulha à superfície, produzindo poros.
Não deve ser confundido «Corrosão» com «poros» pois a sua forma é bem diferente (conforme imagens).
Poros
Corrosão
Arestas - Pormenores
▄ Arestas serrilhadas, isto é, arestas com aspecto de corroídas ou escamosas e escuras.
Isto resulta da grande diferença de temperatura entre o metal fundido e o molde, ou por o molde estar húmido. Se se encontrarem este indícios, eles são uma indiscutível indicação de se estar em presença de uma fundição.
- Sinais de ferramentas usadas: Limas, buris, martelos, etc....utilizados para eliminar os excessos de metal resultantes na moeda fundida.
- Sujidade porventura existente na moeda original, especialmente junto às letras; «na junção destas com o campo da moeda» fica reproduzida no molde, dando como resultado aparecer na reprodução sob a forma de metal junto à base do relevo, conforme figura:
Arredondamento dos relevos, devido à contracção do do metal nos bordos dos mesmos, quando arrefece.
As arestas primitivamente existentes entre duas superfícies, ficam boleadas, dando às pequenas superfícies planas existentes no original um aspecto arredondado, como se verifica na figura seguinte:
- A moeda parece que foi cunhada metendo uma folha de papel entre o cunho e o disco.
▄ Diferença de peso, devido ao facto do metal da moeda original ser mais compacto, por ter sido comprimido quer no fabrico dos discos, quer na cunhagem dos mesmos.
A moeda fundida (em geral) é pois sempre mais leve que o original.
▄ Aspecto geral untuoso, embora seja o menos concludente dos indícios.
Do exposto não se fique com a ideia de que a detecção de uma fundição é coisa fácil, pois só trabalhando com todo o cuidado, dispondo de equipamento auxiliar «Microscópio e Balança de precisão», e tendo experiência no assunto, uma boa fundição (que é sempre um sério quebra cabeças), poderá ser detectada.!
Fontes:
Excertos da publicação de: Eng. Ten. Cor. MENDES MAGRO
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Re: Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIAD
FALSAS POR GALVANOPLASTIA
. Para reproduzir uma moeda falsificada por este processo, é necessário, além do equipamento de Galvanoplastia e do Electrólito apropriado, fazer um molde tão perfeito quanto possível da moeda original, usando para o efeito cera própria ou produto similar.
. Normalmente não é possível reproduzir-se a Moeda por uma só vez, pelo que se usam dois moldes, um para cada face.
. Os moldes são cobertos com uma substancia capaz de reter o depósito metálico, quando este atinge a temperatura desejada, as peças são retiradas do banho, lavadas, separadas dos moldes, cheias com uma liga metálica apropriada e finalmente juntas por soldadura. .
. Uma vez apagados o mais possível os indícios de soldadura, a reprodução é de novo tratada por Galvanoplastia , desta vez para receber uma fina camada do metal original (Ouro ou prata) que ajuda a esconder os vestígios da soldadura, o que finalmente é polida.
. As características do processo imediatamente revelam os passos necessários para descobrir a falsificação.
- Um primeiro exame da peça revela uma espécie de ampliação dos pormenores da mesma, maior ou menor... conforme a espessura das camadas metálicas depositadas no molde.
- Mesmo à vista desarmada tem-se a noção de que os relevos são maiores.
- Um segundo exame que se pode fazer, especialmente em moedas de bordo liso, é raspar levemente o mesmo (em casos de forte e elevada suspeita...) pois assim ficam visíveis quer a junta quer o metal da primeira camada.
- Se a Moeda é de bordo serrilhado, e especialmente em moedas grandes, a serrilha é posta numa segunda operação após soldadura das duas metades.
- Neste caso convém raspar não na serrilha, mas no bordo do campo junto à serrilha, pois é aqui que se pode notar a nova junta, conforme imagem:
Se a moeda é serrilhada e pequena, a serrilha é reconstruída à lima e buril. Convém sempre e atentamente examinar a serrilha para procurar vestígios dessa reconstituição, especialmente traços das ferramentas ou diferenças de espessura dos dentes, que em caso forte de indícios deve-se raspar levemente o bordo.. quando devidamente justificável.
- O peso é regra geral diferente, no entanto o falsificador mais atento aos pormenores, a menos que o falsificador se tenha preocupado com este pormenor e o corrigido.
- O som da moeda ao ser batida é sempre diferente do original, embora não nos devemos esquecer que uma moeda genuína mas rachada tem igualmente um som diferente.!
Nem tudo o que reluz é ouro.
. Para reproduzir uma moeda falsificada por este processo, é necessário, além do equipamento de Galvanoplastia e do Electrólito apropriado, fazer um molde tão perfeito quanto possível da moeda original, usando para o efeito cera própria ou produto similar.
. Normalmente não é possível reproduzir-se a Moeda por uma só vez, pelo que se usam dois moldes, um para cada face.
. Os moldes são cobertos com uma substancia capaz de reter o depósito metálico, quando este atinge a temperatura desejada, as peças são retiradas do banho, lavadas, separadas dos moldes, cheias com uma liga metálica apropriada e finalmente juntas por soldadura. .
. Uma vez apagados o mais possível os indícios de soldadura, a reprodução é de novo tratada por Galvanoplastia , desta vez para receber uma fina camada do metal original (Ouro ou prata) que ajuda a esconder os vestígios da soldadura, o que finalmente é polida.
. As características do processo imediatamente revelam os passos necessários para descobrir a falsificação.
- Um primeiro exame da peça revela uma espécie de ampliação dos pormenores da mesma, maior ou menor... conforme a espessura das camadas metálicas depositadas no molde.
- Mesmo à vista desarmada tem-se a noção de que os relevos são maiores.
- Um segundo exame que se pode fazer, especialmente em moedas de bordo liso, é raspar levemente o mesmo (em casos de forte e elevada suspeita...) pois assim ficam visíveis quer a junta quer o metal da primeira camada.
- Se a Moeda é de bordo serrilhado, e especialmente em moedas grandes, a serrilha é posta numa segunda operação após soldadura das duas metades.
- Neste caso convém raspar não na serrilha, mas no bordo do campo junto à serrilha, pois é aqui que se pode notar a nova junta, conforme imagem:
Se a moeda é serrilhada e pequena, a serrilha é reconstruída à lima e buril. Convém sempre e atentamente examinar a serrilha para procurar vestígios dessa reconstituição, especialmente traços das ferramentas ou diferenças de espessura dos dentes, que em caso forte de indícios deve-se raspar levemente o bordo.. quando devidamente justificável.
- O peso é regra geral diferente, no entanto o falsificador mais atento aos pormenores, a menos que o falsificador se tenha preocupado com este pormenor e o corrigido.
- O som da moeda ao ser batida é sempre diferente do original, embora não nos devemos esquecer que uma moeda genuína mas rachada tem igualmente um som diferente.!
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Re: Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIAD
Falsificação com CUNHOS ou PUNÇÕES FALSOS
Este processo é de longe mais difícil, mas infelizmente e em certos casos os resultados obtidos são os mais rendosos, pois as peças resultantes por vezes são difíceis de detectar....
. Na maior parte das vezes o falsificador deixa traços da sua actividade por desconhecer o método original do fabrico da Moeda.
─ Num primeiro grupo poremos as moedas falsificadas com cunhos falsos que podem ser detectadas à primeira vista, por estarem belas demais e por serem demasiado regulares para o período em que foi feita.
─ Pelo contrário, num segundo grupo, entrarão as moedas que são demasiado grosseiras e irregulares com respeito às originais.
. Em certos casos podem detectar-se estas falsificações por terem bordos rectos enquanto que os dos originais são boleados e vice-versa.
. Noutros casos os cunhos foram fabricados a partir de fotografias ou reproduções de originais que tinham marcas especiais, e neste caso as moedas falsas podem ser imediatamente detectadas.
. Noutros ainda são as serrilhas que permitem detectar a falsificação.
. Mas que dizer de cunhos feitos a partir de moedas originais com pantógrafos electrónicos?
- Neste caso só a analise do metal poderá revelar que este não é da época que aparenta.!
Lembra-se as moedas de ouro feitas em Itália e no Líbano e que não poucos foram os dissabores que causaram, pois até profissionais de numismática as tornaram por boas.!
. Outro problema quanto a cunhos falsos (neste caso punções) [ver tópico por: insvlano] é o dos carimbos aplicados por diversas vezes no decorrer da nossa história numismática e que têm dado a origem a algumas das melhores «invenções», desde falsificação de carimbos oficiais até às dos carimbos políticos do principio do século (caso do barrete frígio de que havia um bom «produtor» no Terreiro do paço). Há bibliografia especializada (embora às vezes não muito convincente) quanto a este carimbos.... mas que oportunamente poderá ser abordado...
Este processo é de longe mais difícil, mas infelizmente e em certos casos os resultados obtidos são os mais rendosos, pois as peças resultantes por vezes são difíceis de detectar....
. Na maior parte das vezes o falsificador deixa traços da sua actividade por desconhecer o método original do fabrico da Moeda.
─ Num primeiro grupo poremos as moedas falsificadas com cunhos falsos que podem ser detectadas à primeira vista, por estarem belas demais e por serem demasiado regulares para o período em que foi feita.
─ Pelo contrário, num segundo grupo, entrarão as moedas que são demasiado grosseiras e irregulares com respeito às originais.
. Em certos casos podem detectar-se estas falsificações por terem bordos rectos enquanto que os dos originais são boleados e vice-versa.
. Noutros casos os cunhos foram fabricados a partir de fotografias ou reproduções de originais que tinham marcas especiais, e neste caso as moedas falsas podem ser imediatamente detectadas.
. Noutros ainda são as serrilhas que permitem detectar a falsificação.
. Mas que dizer de cunhos feitos a partir de moedas originais com pantógrafos electrónicos?
- Neste caso só a analise do metal poderá revelar que este não é da época que aparenta.!
Lembra-se as moedas de ouro feitas em Itália e no Líbano e que não poucos foram os dissabores que causaram, pois até profissionais de numismática as tornaram por boas.!
. Outro problema quanto a cunhos falsos (neste caso punções) [ver tópico por: insvlano] é o dos carimbos aplicados por diversas vezes no decorrer da nossa história numismática e que têm dado a origem a algumas das melhores «invenções», desde falsificação de carimbos oficiais até às dos carimbos políticos do principio do século (caso do barrete frígio de que havia um bom «produtor» no Terreiro do paço). Há bibliografia especializada (embora às vezes não muito convincente) quanto a este carimbos.... mas que oportunamente poderá ser abordado...
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Re: Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIAD
Falsificação com CUNHOS ou PUNÇÔES VERDADEIROS
- Quer para moedas antigas ou mais recentes, ou mesmo actuais, o problema é o mesmo... utilização de elementos de reprodução que já estão em museus, o que pressupõem no mínimo a conveniência dos funcionários desses estabelecimentos. Como em regra esses museus pertencem às próprias Casas da Moeda, é de pressupor que estas emissões sejam feitas com a maquinaria que serviu para o fabrico das moedas autenticas. Poderemos presumivelmente incluir neste grupo alguns carimbos do Açor de António Prior do Crato (para não se falar em moedas actuais serrilhadas, semi-serrilhadas, de eixos invertidos, etc.... que às vezes aparecem...
- Em qualquer dos casos é difícil assegurar «à priori» que as moedas assim produzidas são adulteradas (excepto evidentemente quando à mudança do metal-base ou colagem de duas partes no aproveitamento de 2 Moedas (Anverso/Reverso) que mais adiante se abordará esse assunto...). São sempre falsificações difíceis de detectar, especialmente quando não exista documentação escrita ou «metálica» para estudo e conservação.
- Não deve ser confundido com estas falsificações, as provas e ensaios, geralmente feitas em materiais diferentes dos da emissão autorizada e que são feitas antes da moeda ser emitida, com fim de verificar se o material de reprodução se encontra em condições.
- Dai ser conveniente de se possuir catálogos (em especial A.G. «Alberto Gomes») ou outros que constem Provas e ensaios Oficiais.
- Quer para moedas antigas ou mais recentes, ou mesmo actuais, o problema é o mesmo... utilização de elementos de reprodução que já estão em museus, o que pressupõem no mínimo a conveniência dos funcionários desses estabelecimentos. Como em regra esses museus pertencem às próprias Casas da Moeda, é de pressupor que estas emissões sejam feitas com a maquinaria que serviu para o fabrico das moedas autenticas. Poderemos presumivelmente incluir neste grupo alguns carimbos do Açor de António Prior do Crato (para não se falar em moedas actuais serrilhadas, semi-serrilhadas, de eixos invertidos, etc.... que às vezes aparecem...
- Em qualquer dos casos é difícil assegurar «à priori» que as moedas assim produzidas são adulteradas (excepto evidentemente quando à mudança do metal-base ou colagem de duas partes no aproveitamento de 2 Moedas (Anverso/Reverso) que mais adiante se abordará esse assunto...). São sempre falsificações difíceis de detectar, especialmente quando não exista documentação escrita ou «metálica» para estudo e conservação.
- Não deve ser confundido com estas falsificações, as provas e ensaios, geralmente feitas em materiais diferentes dos da emissão autorizada e que são feitas antes da moeda ser emitida, com fim de verificar se o material de reprodução se encontra em condições.
- Dai ser conveniente de se possuir catálogos (em especial A.G. «Alberto Gomes») ou outros que constem Provas e ensaios Oficiais.
Última edição por EUROESCUDO em sábado jan 26, 2013 10:51 pm, editado 3 vezes no total.
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Re: Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIAD
► Alteração de Moedas verdadeira
- Estão neste caso as moedas que são alteradas num ou em vários pormenores, chegando-se ao ponto máximo da invenção de um espécime ou data nova.
► Repuchamento do metal
- Nesta parte do metal da moeda é utilizado para, com ferramentas mais ou menos especiais, fazer os pormenores que tornam a moeda rara ou inédita.
- É o caso das moedas com um ou mais algarismos da data alterados, ou mesmo com a data totalmente feita (regra geral para datas não existentes).
- Há que ter em atenção as moedas reparadas, que são um caso à parte, embora em boa verdade os seus possuidores ao vende-las, o devessem anunciar...
► Corte e soldadura ou Colagem
- É o método geralmente utilizado para algumas das moedas actuais de Eixo Vertical ou deslocados.
- A partir de moedas (oficiais) podem ser serradas ao meio, ou pelo método de aproveitamento de duas moedas, sendo as mesmas desbastadas afim de conseguir dois "discos", do anverso e reverso; que depois podem ser rodadas e coladas ou soldadas pelos bordos. Normalmente tem um mau "tinir" quando tocadas sobre superfícies rijas, é conveniente verificar também os bordos da moeda... especialmente quando dentro de alvéolos que em nada evidenciam algum facto de uma possível reconstrução.
- Assim aparecem possíveis moedas de $20 de 1951, $20 de 1968, $10 de 1964, etc... como em atenção para exemplares não conhecidos ou moedas raras de aparecer.
- Já no caso dos $02 de 1918 de ferro, o processo é diferente... após obtidas as duas metades ($02 Centavos de BR) são as mesmas desgastadas interiormente ao torno, e soldadas de novo pelos bordos depois de preenchida a cavidade com um disco de ferro.
- Depois de alisado o bordo, é a «nova» moeda levada a um banho de níquel, que depois do processo, podem os coleccionadores estar presente sobre um exemplar que passa o teste de tracção magnética, e o possível peso coincidir.. pode o falsificador maus atento estar atento a pormenores.!
► Substituição de pormenores.
- Neste processo utiliza-se uma moeda da mesma série, para outra a utilizar que recebe os pormenores retirados da primeira de forma à segunda receber pormenores que interessa.
- Um exemplo bem conhecido.. a moeda de 1$00 de 1935 (Tópico por: tm1950), aparecem exemplares viciados a partir da data de 1945 (menos comum, mas mais presente por enganar mais facilmente) e de 1965 com mais facilidade de ser feita uma adulteração... no entanto ambas se pode constatar pontos identificáveis... o normal é retirar o 3 nesta data para preencher nos casos apresentados uma data de 1935.
- Normalmente o método utilizado é a abertura de uma "caixa" e feito o aquecimento da moeda a ser reconstruída para um espécime raro, que depois de encaixado o pormenor pretendido, e neste caso a data (3) depois do arrefecimento praticamente não se vê a junta se o trabalho foi bem feito. De qualquer modo uma pátina até artificial sempre ajuda o falsificador....
De todo os processos apresentados, são relacionados à numismática em geral, sendo utilizado métodos para o mesmo efeito... que é normal novos processos e maquinaria recente bem como o conhecimento.... aparecer novas técnicas mais dificeis de identificação quer no caso de "super-fakes".!!
Toda e qualquer contribuição é bem vinda, e para além de tópicos não referenciados, existe mais informação...
- Estão neste caso as moedas que são alteradas num ou em vários pormenores, chegando-se ao ponto máximo da invenção de um espécime ou data nova.
► Repuchamento do metal
- Nesta parte do metal da moeda é utilizado para, com ferramentas mais ou menos especiais, fazer os pormenores que tornam a moeda rara ou inédita.
- É o caso das moedas com um ou mais algarismos da data alterados, ou mesmo com a data totalmente feita (regra geral para datas não existentes).
- Há que ter em atenção as moedas reparadas, que são um caso à parte, embora em boa verdade os seus possuidores ao vende-las, o devessem anunciar...
► Corte e soldadura ou Colagem
- É o método geralmente utilizado para algumas das moedas actuais de Eixo Vertical ou deslocados.
- A partir de moedas (oficiais) podem ser serradas ao meio, ou pelo método de aproveitamento de duas moedas, sendo as mesmas desbastadas afim de conseguir dois "discos", do anverso e reverso; que depois podem ser rodadas e coladas ou soldadas pelos bordos. Normalmente tem um mau "tinir" quando tocadas sobre superfícies rijas, é conveniente verificar também os bordos da moeda... especialmente quando dentro de alvéolos que em nada evidenciam algum facto de uma possível reconstrução.
- Assim aparecem possíveis moedas de $20 de 1951, $20 de 1968, $10 de 1964, etc... como em atenção para exemplares não conhecidos ou moedas raras de aparecer.
- Já no caso dos $02 de 1918 de ferro, o processo é diferente... após obtidas as duas metades ($02 Centavos de BR) são as mesmas desgastadas interiormente ao torno, e soldadas de novo pelos bordos depois de preenchida a cavidade com um disco de ferro.
- Depois de alisado o bordo, é a «nova» moeda levada a um banho de níquel, que depois do processo, podem os coleccionadores estar presente sobre um exemplar que passa o teste de tracção magnética, e o possível peso coincidir.. pode o falsificador maus atento estar atento a pormenores.!
► Substituição de pormenores.
- Neste processo utiliza-se uma moeda da mesma série, para outra a utilizar que recebe os pormenores retirados da primeira de forma à segunda receber pormenores que interessa.
- Um exemplo bem conhecido.. a moeda de 1$00 de 1935 (Tópico por: tm1950), aparecem exemplares viciados a partir da data de 1945 (menos comum, mas mais presente por enganar mais facilmente) e de 1965 com mais facilidade de ser feita uma adulteração... no entanto ambas se pode constatar pontos identificáveis... o normal é retirar o 3 nesta data para preencher nos casos apresentados uma data de 1935.
- Normalmente o método utilizado é a abertura de uma "caixa" e feito o aquecimento da moeda a ser reconstruída para um espécime raro, que depois de encaixado o pormenor pretendido, e neste caso a data (3) depois do arrefecimento praticamente não se vê a junta se o trabalho foi bem feito. De qualquer modo uma pátina até artificial sempre ajuda o falsificador....
De todo os processos apresentados, são relacionados à numismática em geral, sendo utilizado métodos para o mesmo efeito... que é normal novos processos e maquinaria recente bem como o conhecimento.... aparecer novas técnicas mais dificeis de identificação quer no caso de "super-fakes".!!
Toda e qualquer contribuição é bem vinda, e para além de tópicos não referenciados, existe mais informação...
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Re: Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIAD
perfeito mendes! continue a compilação!!merece um inamovivel!!obrigado por partilhar.
meus leilões no ML: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_62995158
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Re: Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIAD
Muito bom Mendes, isso mostra um pouco para o que caminhamos, em breve estaremos trocando fotos de micrscópios como esses por aqui, isso já desponta em alguns fóruns estrangeiros...
http://www.megaleiloes.com/leiloes.php? ... liveirarod ML - http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_14426169
"O colecionador é um homem mais feliz"
DIGA "NÃO" ÀS FALSIFICAÇÕES CHINESAS - Não colabore com mercado criminoso
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Re: Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIAD
Parabéns caro Mendes!!
Merece ficar inamovível!!
Temos que nos aperfeiçoar, para combater a praga das fakes, eu ando a pensar em comprar um microscópio.
Merece ficar inamovível!!
doliveirarod Escreveu:Muito bom Mendes, isso mostra um pouco para o que caminhamos, em breve estaremos trocando fotos de micrscópios como esses por aqui, isso já desponta em alguns fóruns estrangeiros...
Temos que nos aperfeiçoar, para combater a praga das fakes, eu ando a pensar em comprar um microscópio.
https://www.ebay.com/usr/jose1967almeida
https://megaleiloes.pt/Josephus1967/loja
https://www.delcampe.net/es/coleccionis ... 967almeida
https://www.facebook.com/jose.almeida.10
Compro moedas, medalhas, notas, postais, etc . TMV 914127863
https://megaleiloes.pt/Josephus1967/loja
https://www.delcampe.net/es/coleccionis ... 967almeida
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- lmsalgado
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Re: Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIAD
EXCELENTE!!
Muito obrigado por mais este contributo nesta luta tão dura, contra os falsificadores...
Muito obrigado por mais este contributo nesta luta tão dura, contra os falsificadores...
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- Reinado D.Afonso Henriques
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Re: Falsas por: FUNDIÇÃO / GALVANOPLASTIA / PUNÇÕES / VICIAD
Ótimo trabalho.
Parabéns.
Parabéns.
Rodrigo Leite
Scientia nvmismatica ad omnivm gentivm.
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