Bastardo D. Sebastião
Bastardo D. Sebastião
Apresento-vos uma moeda peculiar.
Pelas minhas contas é a referência Se.15 de D. Sebastião, do Ferraro Vaz sobre dinheiro Luso-Indiano, pois é a única referência que apresenta este estilo de coroa.
A correspondente do Alberto Gomes deverá ser a 31.01 de D. Sebastião, pois o reverso parece ser o mesmo, mas anverso do exemplar que consta do livro (que deveria mostrar, precisamente, a coroa) é uma lástima, uma verdadeira chapa.
Ficaria muito feliz por ter um exemplar muitos furos acima da referência do catálogo, não fosse o caso do peso (21,41 g) e o diâmetro (32,2 mm) estarem bastante acima do previsto, em particular o peso (7,1-11,6 g, segundo o A. Gomes e 11,6 g segundo o F. Vaz). A verdade, porém, é que, com a moeda na mão, não tenho a mais pequena dúvida quanto à sua legitimidade.
Que pensam?
Pelas minhas contas é a referência Se.15 de D. Sebastião, do Ferraro Vaz sobre dinheiro Luso-Indiano, pois é a única referência que apresenta este estilo de coroa.
A correspondente do Alberto Gomes deverá ser a 31.01 de D. Sebastião, pois o reverso parece ser o mesmo, mas anverso do exemplar que consta do livro (que deveria mostrar, precisamente, a coroa) é uma lástima, uma verdadeira chapa.
Ficaria muito feliz por ter um exemplar muitos furos acima da referência do catálogo, não fosse o caso do peso (21,41 g) e o diâmetro (32,2 mm) estarem bastante acima do previsto, em particular o peso (7,1-11,6 g, segundo o A. Gomes e 11,6 g segundo o F. Vaz). A verdade, porém, é que, com a moeda na mão, não tenho a mais pequena dúvida quanto à sua legitimidade.
Que pensam?
Re: Bastardo D. Sebastião
É uma interessante moeda que merece uma análise mais detalhada. O mundo ultramarino não é a minha praia, de forma alguma, mas existem por cá especialistas que têm sido muito assertivos e didáticos no assunto em referência. Por isso, digo apenas que a moeda está muito bonita e vou ficar a aguardar outros comentários, para, eu próprio, ficar um pouco mais culto nesta matéria.
"Quod erat demonstrandum"
- MONIKITAS
- Senhor Escudo da I República
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Re: Bastardo D. Sebastião
Muito bonito e autêntico.Parabens
- Mmatos
- Reinado D.Afonso V
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Re: Bastardo D. Sebastião
Em relação aos pesos indicados no AG já encontrei muitas incongruências em moedas coloniais da monarquia, portanto não nos podemos fiar muito nele no que diz respeito aos pesos. Mas se for ver os exemplares de D. Sebastião, feitos em calaim como esse e de valores mais baixos, terá lógica que a moeda de 10 soldos pese acima do que diz o catálogo, pois o Soldo pode pesar entre 4 e 6,8 g, portanto o Bastardo (10 soldos) tem toda a lógica que não pese apenas entre 7,1 e 11,6 g, pois seria menos do dobro do peso para um exemplar que vale 10 vezes mais. Quanto à legitimidade do exemplar, já sabe que tenho muito medo destas moedas de calaim (liga de estanho) e ter 100% de certezas é sempre uma incógnita, mas a moeda está bonita e apresenta cristalizações convincentes, portanto tem boas hipóteses de ser original.jdickson Escreveu: ↑quarta dez 11, 2019 7:27 pm...
Ficaria muito feliz por ter um exemplar muitos furos acima da referência do catálogo, não fosse o caso do peso (21,41 g) e o diâmetro (32,2 mm) estarem bastante acima do previsto, em particular o peso (7,1-11,6 g, segundo o A. Gomes e 11,6 g segundo o F. Vaz).
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Re: Bastardo D. Sebastião
Enviei para certificação, como faço em relação em todas estas moedas de calaim. Darei notícias.
Re: Bastardo D. Sebastião
Fez bem em ter enviado para certificação. Apesar de ter surgido um clima de negativismo em relação às certificações, será sempre uma mais valia.
"Quod erat demonstrandum"
Re: Bastardo D. Sebastião
As críticas em relação às certificações têm algum fundamento, no entanto, é preciso manter o sentido crítico e perceber o que as certificações nos podem dar. Eu só certifico certos tipos de moedas (uma "vasta minoria" na minha colecção, portanto) e por 3 razões:
1. Para aumentar a credibilidade sobre a sua autenticidade: é precisamente neste item que cabe a certificação das moedas de calaim, pois sabe-se que há falsificações por aí; também por esta razão mandei certificar 2 moedas batidas, um meio tostão de D. Afonso V e uns 3 reais de D. João III; todas elas vieram certificadas e são excepções nas moedas batidas que tenho.
2. Para manter a coerência na colecção, pois não gosto de ter moedas da mesma série ou tipo, umas certificadas e outras...não. O que, geralmente, me levou a não partir o slab após a aquisição, foi a noção de que iria perder uma grande parte do valor comercial, porque eram grades elevados e, a partir desse ponto, as novas aquisições passaram a ser certificadas, ou logo de início ou mandei-as certificar.
3. Certas moedas cuja atribuição de EC é muito difícil, como certas moedas estrangeiras de zinco.
Em relação às moedas da Índia em calaim, já tenho um espólio interessante e que irei postar, se acharem adequado.
Re: Bastardo D. Sebastião
Claro que é adequado caro ilustre. São moedas que não aparecem muito, e pelo que vejo, as suas moedas apresentam sempre um estado de conservação muito bom, o que valoriza exponencialmente a observação.jdickson Escreveu: ↑domingo abr 19, 2020 12:11 pmAs críticas em relação às certificações têm algum fundamento, no entanto, é preciso manter o sentido crítico e perceber o que as certificações nos podem dar. Eu só certifico certos tipos de moedas (uma "vasta minoria" na minha colecção, portanto) e por 3 razões:
1. Para aumentar a credibilidade sobre a sua autenticidade: é precisamente neste item que cabe a certificação das moedas de calaim, pois sabe-se que há falsificações por aí; também por esta razão mandei certificar 2 moedas batidas, um meio tostão de D. Afonso V e uns 3 reais de D. João III; todas elas vieram certificadas e são excepções nas moedas batidas que tenho.
2. Para manter a coerência na colecção, pois não gosto de ter moedas da mesma série ou tipo, umas certificadas e outras...não. O que, geralmente, me levou a não partir o slab após a aquisição, foi a noção de que iria perder uma grande parte do valor comercial, porque eram grades elevados e, a partir desse ponto, as novas aquisições passaram a ser certificadas, ou logo de início ou mandei-as certificar.
3. Certas moedas cuja atribuição de EC é muito difícil, como certas moedas estrangeiras de zinco.
Em relação às moedas da Índia em calaim, já tenho um espólio interessante e que irei postar, se acharem adequado.
"Quod erat demonstrandum"