cargil48 Escreveu:@vladiaqueiroz:
Enquanto coleccionadores e amadores, sim, percebo essa subjectividade. Mas levando as coisas a sério, como as leiloeiras de maior prestígio ou as associações numismáticas, a atribuição de estados é bastante rigorosa e objectiva, poderá haver, como em tudo que é humano, alguma ligeira subjectividade, mas não entra a questão do gosto pessoal ou do "acho que".
Cada coleccionador tem as suas motivações, isso é com ele. O que aqui importa é o estado de conserevação das moedas, e aí só conta mesmo isso: o estado em que elas estão.
Oi cargil48,
Como eu coloquei no titulo, a idéia do que escrevi foi justamente deixar o pragmatismo de lado um pouco. Porque acredito, e isso não se trata de "achismo" que a conceituação subjetiva persiste pareada à conceituação pragmática. Óbvio que um Van Gogh vale pelo nome Van Gogh e o valor que os 'marchans' atribuem a ele. Mas se não fosse a subjetividade, se não fosse o sentimento que envolve fruidor e obra certamente Van Gogh não seria Van Gogh. Da mesma forma encaro a numismática. Claro que existe todo um mercado em torno e no mundo que vivemos tudo é capitalizável, principalmente o dinheiro, seja ele circulável ou não. Mas se não fosse o lado subjetivo, ou como você mesmo diz, as motivações dos colecionadores nem esse mercado existiria. Existe porque há um desejo pela perfeição, pelo belo enquanto perfeito, não pelo belo enquanto imanência. O mercado profissional supre uma necessidade humana de chegar a ausência de falhas, de chegar ao divino, apenas isso. O mercado existe feito pelos homens e para os homens, ele não paira acima da nossa vontade, do nosso desejo. O que movimenta o ser humano é antes de tudo um sentimento, como diria Damásio, o neurobiólogo. E talvez, quase no com certeza, digo a mesma coisa porque sou artista de profissão e enxergo a realidade por um prisma diferenciado. Mas o que eu digo, digo de mim, não se trata de uma verdade universal, digo do ponto de vista de pesquisadora também, no qual me enquadro, e de quem percebe que a mais pragmática das decisões é antes de tudo pessoal, é antes de tudo um desejo a ser cumprido. Agora sim, talvez, esse é um tipo de avaliação um pouco estranha a este fórum, e por isso a divisão do que é ou não é "levar a sério".