Acabo de publicar mais um estudo meu, apresentado no Seminário Internacional sobre Francisco de Holanda, realizado em Lisboa em final de 2018.A minha comunicação teve por título "A modernidade numismática em Francisco de Holanda: uma ciência esquecida, um ensinamento a preservar".O meu objectivo foi construir uma ponte entre as gravuras numismáticas desenhadas por António e Francisco de Holanda no século XVI e as actuais gravuras numismáticas das moedas comemorativas ultimamente emitidas pela Casa da Moeda.

O texto integral está disponível no seguinte link da ACADEMIA EDU: https://www.academia.edu/40016083/TRIGU ... _preservar
Aqui deixo o resumo e a minha conclusão final.
Resumo
«Numa conhecida passagem da segunda parte do seu manuscrito apenso à Da Fábrica que Falece Há Cidade de Lisboa, Francisco de Holanda lembra a Dom Sebastião De quanto serve a Ciência do Desenho e Entendimento da Arte da Pintura, na República Cristã assim na Paz como na Guerra (1571), no particular da ciência do desenho das novas moedas do jovem monarca, onde ele teve uma intervenção importante no período de transição do reinado de Dom João III e durante a regência de Dona Catarina, referindo ainda terem sido desde então cometidos grandes erros (no desenho) de outras moedas de ouro, prata e de cobre.
O autor identifica todas as moedas desenhadas por António e Francisco de Holanda para correrem no continente do reino e na Índia; os estudos para novas moedas de Dom Sebastião desenhados na guarda de um livro que lhe pertenceu, os quais permitiram identificar mais quatro moedas luso-indianas portando desenhos de Francisco de Holanda.
Quatrocentos e cinquenta anos depois, passada a era dourada da numismática portuguesa contemporânea, alcançada que foi nos últimos anos do Escudo como unidade monetária nacional e durante a vigência da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1986-2001), o autor revela alguns dos grandes erros que desde então têm sido cometidos no desenho das novas moedas de Euro da República Portuguesa. As recentes e desastradas encomendas feitas pela Casa da Moeda de desenhos para moedas comemorativas a artistas de renome na sua área de especialidade, outra que não a escultura de medalhas (Souto Moura, Siza Vieira, José de Guimarães, Charters de Almeida, João Cutileiro, Joana de Vasconcelos), traduziu-se numa deprimente galeria de aberrações numismáticas, feitas por artistas totalmente incompetentes na arte e na ciência do desenho de moedas da República Portuguesa como sinais de cultura.»
Cumprimentos,
António M Trigueiros