Colocado por António Carlos Diogo
Como tópico para o fim de semana deixo-lhes alguma luz em contraste com o período de trevas, no que à história monetária diz respeito,dos séculos V e VI.
Independentemente das diferentes teorias/correntes e da controvérsia no que à atribuição de alguma numária do período germânico nomeadamente os tremisses da série , latina munita, alguns solidi com o nome de Honório e alguns tremisses com o nome de Valentiniano, a verdade é que as raríssimas siliquas de Requiário são prova inequívoca da existência de um numerário nacional suevo. No território hoje nacional é de referir a siliqua de Requiário do espólio de Castro Lanhoso na altura não valorizada de imediato pelo arqueólogo que dirigia os trabalhos por falta de conhecimento. Esta descoberta permitiu confirmar a ideia de que as letras BR do reverso, seriam o indicativo de uma oficina em Braga. Mais recentemente foi descoberto um novo exemplar nas escavações da Casa do Infante no Porto. A juntar a estes dois exemplares existe um outro na Bibliothèque Nationale de Paris. Em Graz existe igualmente uma fasificação das mesmas, o que originou durante muitos anos acesa discussão acerca da autenticidade do exemplar da Bibliothèque Nationale...(exempar que pertencia à colecção Gosselin).
Biliografia: Cabral, J. M. Peixoto e Metcalf, D.M., A moeda sueva-Suevic coinage, Porto 1997.
Mário Gomes Marques, A moeda peninsular na idade das trevas, Instituto de Sintra, Sintra 1998.
Teixeira. C., O Castro de Lanhoso e o seu espólio, in Congresso do Mundo Português. Publicações, Lisboa 1940.
A MOEDA PENINSULAR: O NUMERÁRIO NACIONAL SUEVO.
- António Carlos Diogo
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