CRETA - Os Dracmas de 1901, série completa.
Enviado: terça dez 14, 2010 4:37 pm
Essa vai p/ o homem dos thalers, o Sancho:
A ILHA DE CRETA tem uma história tumultuada. Foi berço de uma grande civilização, expoente da cultura grega. Após, foi sendo conquistada por romanos, bizantinos, muçulmanos e venezianos.
Em 1669, a ilha é conquistada pelo império otomano. Em consequência da independência da Grécia em 1820, que reivindicava a ilha, ela passou da administração turca para a egípcia, voltando para as mãos dos turcos em 1840.
A situação sempre era tensa e de revolta contra os turcos, tendo em conta a população de maioria grega. Em 1897, as grandes potência decidem criar o Estado de Creta, para controlar a situação, já que a ilha possuia localização estratégica na região. Assim, em 1898, as forças turcas são expulsas, e foi criado um "Estado misto", ainda sob a suserania otomana, mas com observadores internacionais e com um alto comissariado formado pela Grécia, onde o príncipe grego George era o chefe de Estado (não era monarca).
O príncipe George acaba impopular, devido à denúncias de corrupção no governo, o que provoca guerra civil e mais turbulência, com a saída dos observadores internacionais.
Finalmente, em 1908, os deputados cretenses declaram a união formal da Ilha com a Grécia, o que não foi reconhecido pela Turquia. Mas após a derrota turca na segunda guerra dos Balcãs, em 1913, o sultão é obrigado a entregar definitivamente a ilha, e a bandeira grega é hasteada na antiga fortaleza turca, marcando a união entre o Estado de Creta e a Grécia.
AS EMISSÕES
Com a criação do Estado de Creta, funda-se o Banco de Creta, estabelecido em 1898, possuindo este o privilégio de emissão de notas e moedas. Nessa esteira, em 1901, surgem as primeiras moedas do novo Estado, tendo a lei autorizado emissões em cobre (1 e 2 Leptons), níquel (5 e 10 Leptons) e prata (50 Leptons, 1, 2 e 5 Dracmas). A moeda era baseada no Dracma grego, sendo igual no peso e na liga. Assim, a série dos Dracma cretenses em prata era idêntica em valor ao Dracma de prata grego, que, por sua vez, obedecia aos critérios da União Monetária Latina, tratado o qual a Grécia era signatária.
A série em prata foi toda cunhada na casa da moeda de Paris, sendo o responsável por ela o ensaiador francês Alfred Borrel (Α ΒΟΡΡΕΛ).
No reverso sempre as armas, o facial e a legenda: KPHTIKH ΠOΛITEIA - Estado de Creta
No verso o busto do Príncipe George, a data (1901) e a legenda: ΠPIΓKHΨ ΓEΩPΓIOΣ THΣ EΛΛAΔOΣ YΠATOΣ APMOΣTHΣ EN KPHTH - Príncipe George da Grécia, Alto Comissário de Creta.
As emissões têm a cornucópia, marca da Casa da Moeda de Paris, além da Tocha, marca privada do gravador-chefe daquela casa, Henri Auguste Patey.
Conforme visto, em 1913 a Grécia anexa ao seu território a ilha de Creta, de população de maioria grega, de maneira que a moeda de Creta é desmonetarizada neste ano, dando lugar ao Dracma grego.
A Série:
5 Dracmas
1901
prata 0,900
peso teórico 25 gramas
Verso: Busto do príncipe grego George
Reverso: Armas nacionais e valor facial
150.000 exemplares
2 Dracmas
1901
prata 0,900
peso teórico 10 gramas
Verso: Busto do príncipe grego George
Reverso: Armas nacionais e valor facial
175,000 exemplares
1 Dracma
1901
prata 0,900
peso teórico 5 gramas
Verso: Busto do príncipe grego George
Reverso: Armas nacionais e valor facial
500,000 exemplares
50 lepta (1/2 Dracma)
1901
prata 0,900
peso teórico 2.5 gramas
Verso: Busto do príncipe grego George
Reverso: Armas nacionais e valor facial
600,000 exemplares
Considerando as tiragens relativamente baixas e o curto período de circulação, entre 1901 e 1913, as moedas não são fáceis de se encontrar, são algo escassas, exigindo as vezes um certo trabalho de procura, principalmente a de 5 Dracmas.
A EFÍGIE:
Príncipe George da Grécia e Dinamarca, filho do rei grego George I. É lembrado por ter servido em Creta como Alto Comissário durante a curta existência do Estado de Creta, até 1908, quando a Ilha declara a União à Grécia. Morreu em 1957.
A ILHA DE CRETA tem uma história tumultuada. Foi berço de uma grande civilização, expoente da cultura grega. Após, foi sendo conquistada por romanos, bizantinos, muçulmanos e venezianos.
Em 1669, a ilha é conquistada pelo império otomano. Em consequência da independência da Grécia em 1820, que reivindicava a ilha, ela passou da administração turca para a egípcia, voltando para as mãos dos turcos em 1840.
A situação sempre era tensa e de revolta contra os turcos, tendo em conta a população de maioria grega. Em 1897, as grandes potência decidem criar o Estado de Creta, para controlar a situação, já que a ilha possuia localização estratégica na região. Assim, em 1898, as forças turcas são expulsas, e foi criado um "Estado misto", ainda sob a suserania otomana, mas com observadores internacionais e com um alto comissariado formado pela Grécia, onde o príncipe grego George era o chefe de Estado (não era monarca).
O príncipe George acaba impopular, devido à denúncias de corrupção no governo, o que provoca guerra civil e mais turbulência, com a saída dos observadores internacionais.
Finalmente, em 1908, os deputados cretenses declaram a união formal da Ilha com a Grécia, o que não foi reconhecido pela Turquia. Mas após a derrota turca na segunda guerra dos Balcãs, em 1913, o sultão é obrigado a entregar definitivamente a ilha, e a bandeira grega é hasteada na antiga fortaleza turca, marcando a união entre o Estado de Creta e a Grécia.
AS EMISSÕES
Com a criação do Estado de Creta, funda-se o Banco de Creta, estabelecido em 1898, possuindo este o privilégio de emissão de notas e moedas. Nessa esteira, em 1901, surgem as primeiras moedas do novo Estado, tendo a lei autorizado emissões em cobre (1 e 2 Leptons), níquel (5 e 10 Leptons) e prata (50 Leptons, 1, 2 e 5 Dracmas). A moeda era baseada no Dracma grego, sendo igual no peso e na liga. Assim, a série dos Dracma cretenses em prata era idêntica em valor ao Dracma de prata grego, que, por sua vez, obedecia aos critérios da União Monetária Latina, tratado o qual a Grécia era signatária.
A série em prata foi toda cunhada na casa da moeda de Paris, sendo o responsável por ela o ensaiador francês Alfred Borrel (Α ΒΟΡΡΕΛ).
No reverso sempre as armas, o facial e a legenda: KPHTIKH ΠOΛITEIA - Estado de Creta
No verso o busto do Príncipe George, a data (1901) e a legenda: ΠPIΓKHΨ ΓEΩPΓIOΣ THΣ EΛΛAΔOΣ YΠATOΣ APMOΣTHΣ EN KPHTH - Príncipe George da Grécia, Alto Comissário de Creta.
As emissões têm a cornucópia, marca da Casa da Moeda de Paris, além da Tocha, marca privada do gravador-chefe daquela casa, Henri Auguste Patey.
Conforme visto, em 1913 a Grécia anexa ao seu território a ilha de Creta, de população de maioria grega, de maneira que a moeda de Creta é desmonetarizada neste ano, dando lugar ao Dracma grego.
A Série:
5 Dracmas
1901
prata 0,900
peso teórico 25 gramas
Verso: Busto do príncipe grego George
Reverso: Armas nacionais e valor facial
150.000 exemplares
2 Dracmas
1901
prata 0,900
peso teórico 10 gramas
Verso: Busto do príncipe grego George
Reverso: Armas nacionais e valor facial
175,000 exemplares
1 Dracma
1901
prata 0,900
peso teórico 5 gramas
Verso: Busto do príncipe grego George
Reverso: Armas nacionais e valor facial
500,000 exemplares
50 lepta (1/2 Dracma)
1901
prata 0,900
peso teórico 2.5 gramas
Verso: Busto do príncipe grego George
Reverso: Armas nacionais e valor facial
600,000 exemplares
Considerando as tiragens relativamente baixas e o curto período de circulação, entre 1901 e 1913, as moedas não são fáceis de se encontrar, são algo escassas, exigindo as vezes um certo trabalho de procura, principalmente a de 5 Dracmas.
A EFÍGIE:
Príncipe George da Grécia e Dinamarca, filho do rei grego George I. É lembrado por ter servido em Creta como Alto Comissário durante a curta existência do Estado de Creta, até 1908, quando a Ilha declara a União à Grécia. Morreu em 1957.