The Manuel Romanones collection

[gil costa]

IN: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k ... m.r=moedas


(Romanones)



"...were all aware of their christen mission..." -
Não era a questão de estarem cientes da sua missão de cristianização. Era sim por fazer parte do acordo do Padroado.


Santa Catarina era a padroeira de Goa, por isso a sua roda não só adorna as armas da cidade como também muitas das moedas cunhadas nessa cidade.


São Tomás era e é o padroeiro da Índia. Aparece nas primeiras moedas de ouro e prata.


Em 1580 o rei Filipe de Espanha tornou-se rei de Portugal e S. Tomás viu-se substituído por S. Filipe. Este por sua vez desapareceu das moedas em 1640 quando as autoridades de Goa puseram São João nas moedas em honra de D. João IV o novo rei da nova dinastia.

São Lourenço era venerado no Ceilão (Sri Lanka) e por isso encontramos o seu símbolo - uma grelha - nas moedas desta colónia portuguesa.


Finalmente há a figura de D. Sebastião (ou as setas) nas moedas cunhadas por este rei.

Dos santos e dos seus símbolos vêm os nomes das moedas e temos a roda (bazaruco), o São Tomé e o bastião (pardaus).

[krav]

Interessante

[Pedro Leg]

IN: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k ... m.r=moedas


(Romanones)



"...were all aware of their christen mission..." -
Não era a questão de estarem cientes da sua missão de cristianização. Era sim por fazer parte do acordo do Padroado.


Santa Catarina era a padroeira de Goa, por isso a sua roda não só adorna as armas da cidade como também muitas das moedas cunhadas nessa cidade.


São Tomás era e é o padroeiro da Índia. Aparece nas primeiras moedas de ouro e prata.


Em 1580 o rei Filipe de Espanha tornou-se rei de Portugal e S. Tomás viu-se substituído por S. Filipe. Este por sua vez desapareceu das moedas em 1640 quando as autoridades de Goa puseram São João nas moedas em honra de D. João IV o novo rei da nova dinastia.

São Lourenço era venerado no Ceilão (Sri Lanka) e por isso encontramos o seu símbolo - uma grelha - nas moedas desta colónia portuguesa.


Finalmente há a figura de D. Sebastião (ou as setas) nas moedas cunhadas por este rei.

Dos santos e dos seus símbolos vêm os nomes das moedas e temos a roda (bazaruco), o São Tomé e o bastião (pardaus).

Bom trabalho amigo Gil !!
Muito obrigado pela partilha

DEUS VULT

Padrão português Cuanza Africa.jpg

[MCarvalho]

Gil, apesar de, em inglês, o nome do santo ser sempre Thomas, este é o apóstolo Tomé, suposto evangelizador da Índia. É o que, avisadamente, queria ver para crer.

Tomás é como chamamos a São Tomás de Aquino, por exemplo, ou ao São Tomás Morus, o utopista Thomas More, que levou na cabeça dos Tudors.

Bom, essa troca dos tomases é recorrente, já não falo na imprensa, até noutros meios supostamente mais cultos, como na academia. Não é grave. Eu é que gosto de debitar estas coisas, até mais para quem nos ler depois (isto fica online) não cair em erro.

Além disso, a nossa São Tomé de ouro, a moeda, é assim designada por representar e homenagear o apóstolo.

[Pedro Leg]

Interessante a origem dos nomes das moedas "bazarucos" e "pardaos".
A moeda São Tomé é , penso eu, uma das mais cobiçadas entre as moedas indo-portuguesas. O preços nos leilões atingem valores altíssimos.

TEXTO RETIRADO DO SITE DE NUMISMA LEILOES
Entre 1521 e 1853 o nome de S. Tomé não estava apenas associado ao apóstolo ou à ex-colónia portuguesa descoberta em 1470 pelos navegadores João de Santarém e Pêro Escobar. A partir do reinado de D. João III (1521-1557) o nome S. Tomé passou também a designar moedas de ouro cunhadas na Índia Portuguesa pelo menos até ao reinado de D. Maria II (1834-1853). Estas e outras informações podem ser lidas num artigo de Joaquim Fronteira publicado no sétimo volume (1962-1965) do Nvmmvs, Boletim da Sociedade Portuguesa da Numismática. O autor refere cerca de 200 “exemplares diferentes” catalogados “pelo reinado, pela data ou por outro atributo importante”.



Portugal começou a cunhar moedas nos territórios indianos no século XVI, quando Afonso de Albuquerque era governador. Goa, Malaca e Diu foram as casas monetárias onde se bateu ou fundiu moeda de ouro para a Índia. Um dos mais raros S. Tomé da numismática portuguesa é o de 1633, cunhado em Goa durante o reinado de D. Filipe III (IV de Espanha) (1621-1640), último monarca a exercer o trono português durante o período em que a coroa espanhola governou Portugal entre 1580 e 1640.

[gil costa]

pedroleg:
Olha o padrão dos alemães, da Namíbia! Nem sei se já o devolveram!
(já dentro do Padroado:

Nicolau V: Concedeu aos reis portugueses o poder de conquistarem os territórios dos muçulmanos e infiéis para engrandecerem e dilatarem a fé cristã (Bula «Dum Diversas»: 18-VI-1452) e atribuiu-lhes os territórios africanos e o direito de, por si ou por outrém, erigirem templos e enviarem missionários para essas terras (Bula «Romanus Pontifex»:08-1-1455)

MCarvalho:
Tomé era de facto melhor, pelo menos para nós portugueses, mas assumo que são equivalentes - até está na wikipedia, deve ser verdade hahaha! - e prefiro Tomás por causa do inglês. Eu sou muito universalista :-)
______
E agora estou a lembrar-me dos evangelhos apócrifos que incluem o de São Tomé e está a apetecer-me ir lê-los outra vez. Mas estou como Galois: "não tenho tempo. Não tenho tempo".
Estou a lembrar-me de uma história que achei fantástica:
quando tinha 9 anos Jesus andava a brincar com a outra canalha. Um deles caiu do alto terraço onde estavam e morreu.
Houve um grande alvoroço, claro, e houve um rapaz que disse que tinha sido Jesus a empurrar o desgraçado. Jesus a negar; José chamado, grande caos...
Jesus então furioso ressuscitou o rapaz só para lhe perguntar "diz lá! Fui eu quem te empurrou? Vá, diz a toda a gente se te empurrei?!"
O rapaz disse que não que não tinha sido nada Jesus a empurrá-lo e ficou tudo bem.

E no dia seguinte foram chatear o José para que tivesse mão no garoto que não era sensato andar assim por aí a ressuscitar mortos!
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bons dados sobre o Padroado: bulas, bibliografia...
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400. ... artins.pdf