Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
- António Carlos Diogo
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
Só para agradecer aos que diariamente se interessam por estas cousas. :biggthumpup:
Digam-me ( já imploro, como tantas vezes) aos que me lêem, se vamos no bom caminho e se vale a pena? " Vale sempre a pena quando a alma não é pequena".
António Diogo
FELICITAS PERPETVA SAECVLI
Digam-me ( já imploro, como tantas vezes) aos que me lêem, se vamos no bom caminho e se vale a pena? " Vale sempre a pena quando a alma não é pequena".
António Diogo
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- vma
- Reinado D.José
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
Claro que sim carissimo Amigo.
Só uma pergunta descabida: "Algum rei visigodo cunhou moeda em Vouzela?"
Só uma pergunta descabida: "Algum rei visigodo cunhou moeda em Vouzela?"
Vitor Almeida
- António Carlos Diogo
- Reinado D.Afonso III
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
Conhecemos emissões de VESEO, fundamente a sua pergunta; a que localidade corresponde hoje o topónimo VESEO , inscrito em trientes visigodos, será este, o fundamento/a génese, da sua dúvida ?
Um abraço do Diogo
FELICITAS PERPETVA SAECVLI
Um abraço do Diogo
FELICITAS PERPETVA SAECVLI
- vma
- Reinado D.José
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
Veseo corresponde a Viseu actual, mas existe um povoado que bateu moeda junto a Viseu, e este se chamava Totela. E como Vouzela está só a 30 Km e era um povoado importante, não seria a Totela visigótica?
Claro que pode ser uma pergunta descabida, mas......... como todos os meus ascendentes são de lá, gostava de saber.
Obrigado desde já pela resposta.
Claro que pode ser uma pergunta descabida, mas......... como todos os meus ascendentes são de lá, gostava de saber.
Obrigado desde já pela resposta.
Vitor Almeida
- António Carlos Diogo
- Reinado D.Afonso III
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
Conhecemos TOTELA através das moedas ( únicas e/ou raríssimas ) e das actas do Concílio de Bracara, fazia parte da diocese de VESEO; não tenho conhecimento de trabalhos arqueológicos com novos dados acerca do topónimo; aceite com localização incerta, porque não a Vouzela das suas raízes? Aguardemos por novos dados. :biggthumpup:
António Diogo
FELICITAS PERPETVA SAECVLI
António Diogo
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- António Carlos Diogo
- Reinado D.Afonso III
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
O compromisso é para cumprir; logo continuarei o que está prometido! :bier:
Obrigado a todos os que se interessam pelo que vou escrevendo. :biggthumpup:
António Diogo
FELICITAS PERPETVA SAECVLI
Obrigado a todos os que se interessam pelo que vou escrevendo. :biggthumpup:
António Diogo
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- Jacinto Silva
- Reinado D.Sancho II
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
Caro Amigo
Carlos Diogo,
Confesso que tenho andado "adormecido" em relação ao Fórum!
Hoje actualizei a leitura deste tópico e apercebi-me de quanto tenho perdido...
Na parte que a mim diz respeito, agradeço-lhe bastante o elevado contributo que tem dado ao Fórum e ao meu conhecimento, acerca de diferentes temas da numismática!
Os meus sinceros parabéns pelo seu trabalho e por favor continue a presentear-nos com o seu saber!
Um grande abraço. :biggthumpup:
Jacinto Silva
Carlos Diogo,
Confesso que tenho andado "adormecido" em relação ao Fórum!
Hoje actualizei a leitura deste tópico e apercebi-me de quanto tenho perdido...
Na parte que a mim diz respeito, agradeço-lhe bastante o elevado contributo que tem dado ao Fórum e ao meu conhecimento, acerca de diferentes temas da numismática!
Os meus sinceros parabéns pelo seu trabalho e por favor continue a presentear-nos com o seu saber!
Um grande abraço. :biggthumpup:
Jacinto Silva
Museu da Moeda - Os meus Ceitis: https://sites.google.com/site/numismati ... a_moeda/js
- António Carlos Diogo
- Reinado D.Afonso III
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
É sempre como o maior prazer que falo de bárbaros; só daqueles que não usaram elmos com chifres, Amigo Jacinto! :bier:
(Continuação)...
Com as antigas cidades romanas empobrecidas, os monumentos degradados e a paisagem cada vez mais dominada por bosques e pântanos, o império do Ocidente, invadido e governado pelos bárbaros, era todavia profundamente romano: de Roma, conservara a língua, a fé religiosa, que desde Constantino era o cristianismo, e o ideário político. Godos, francos e lombardos viam-se a si mesmos como sucessores de Roma, povos destinados a recolher das mãos dos romanos o testemunho da fé e da civilização; não tinham, e não podiam ter, um programa alternativo.
Assim o manifestam os documentos, as histórias, que, a partir de determinado momento, começaram a ser escritas, naturalmente em latim, para conservar, ou criar, uma memória colectiva; da maior importância a história dos godos, escrita por Cassiodoro, senador romano e alto funcionário ao serviço do rei bárbaro, na Itália governada pelos ostrogodos.
Adaptação do texto original de Alessandro Barbero.
António Diogo
FELICITAS PERPETVA SAECVLI
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- Reinado D.Afonso III
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
Há tempos escrevi algo sobre um presumível sólido de Requiário. E isso faz-me lembrar S. Martinho de Dume, a mim, que sou exactamente dumiense. Porque, se bem me lembro de algumas leituras, os visigodos chegaram bem cá em cima, a Braga, que vandalizaram. Vivo aproximadamente a mil metros de S. Frutuoso, que foi bispo de Braga e de Dume, e consta que foi por estas bandas que os visigodos mataram Requiário, entretanto capturado. Isto em meados de 460. O amigo António Diogo sabe alguma coisa destes factos? Será que eu vivo exactamente no lugar onde mataram o Requiário? My God… anda por aquí uma assombração… Será ele?
- António Carlos Diogo
- Reinado D.Afonso III
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Re: Apontamentos para o estudo da moeda visigótica
O primeiro período da expansão extra-Galécia do povo suevo, teve lugar nos reinados de Réquila (438-448) e de Requiário (448-456). Dada a sua debilidade demográfica...os suevos adoptaram o tipo descontínuo de implantação, principalmente localidades fortificadas, villae tardorromanas..., onde preparavam razias contra regiões que ainda não dominavam, pelos menos, efectivamente. Nestas razias apoderam-se de Mérida (439) e Sevilha (441); numa tentativa de recuperação, por parte das forças imperiais e visigodas, chefiadas pelo magister militum Vito, foi um autêntico desastre para as respectivas forças. Em 449, Requiário dirigiu-se para Tolosa, para casar com uma filha do rei Teodorico I, aproveitou para saquear parte da Tarraconense; chega a prometer a uma embaixada romana (452), não repetir os saques, não cumpre a promessa e em 456, já após a morte do sogro, na batalha dos Campos Cataláunicos, o cunhado Teodorico II, actuando em nome do imperador Avito, entrou na Península, na qualidade de comandante supremo do exército visigodo, empurrou as forças suevas para o Noroeste, conquista Braga e Portucale, onde Requiário é feito prisioneiro e logo executado. Em 469, ano em que termina a crónica de Idácio, e após reacção dos visigodos, chefiados por Eurico...os suevos voltam a ser empurrados para o Noroeste e Remismundo fica com sua área de influência, com fronteiras, provavelmente, a sul de Coimbra e da Idanha e a norte, oriente de Astorga, separando a Terra de Campos do Páramo leonês; as fontes posteriores, nada nos dizem do que se terá passado no noroeste da Península durante os oitenta anos seguintes.../...
- Adaptado de: "A Moeda Peninsular na Idade das Trevas, Mário Gomes Marques, Sintra, 1998."
Caro amigo, a assombração resulta exactamente do facto de os visigodos terem "limpo o sebo" ao Requiário aí por perto! :biggthumpup:
António Diogo
FELICITAS PERPETVA SAECVLI
- Adaptado de: "A Moeda Peninsular na Idade das Trevas, Mário Gomes Marques, Sintra, 1998."
Caro amigo, a assombração resulta exactamente do facto de os visigodos terem "limpo o sebo" ao Requiário aí por perto! :biggthumpup:
António Diogo
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